quinta-feira, 28 de abril de 2016

Escolas mostram que é possível trabalhar com a singularidade dos alunos com e sem deficiência na sala de aula

"Não temos nenhum caso de inclusão e nem pessoal preparado para trabalhar com isso. Não é que recusemos esses alunos, mas falamos a verdade para os pais: não temos crianças com autismo ou síndrome de Down na escola e nem estrutura para esse atendimento por enquanto. Infelizmente não posso ajudá-la." A resposta, dada pela coordenadora pedagógica de um conceituado colégio localizado na zona sul da capital paulista à mãe de uma aluna, causa espanto dado o amplo aparato legal que assegura os direitos à educação das pessoas com deficiência.

Na consulta a outra renomada instituição, esta localizada na zona oeste da cidade, a atendente afirma que a escola (com cerca de mil alunos) tem um estudante com "deficiência neurológica", que é acompanhado por um especialista pago pelos pais. "Acho que o valor da mensalidade cobrado [para alunos com e sem deficiência] é o mesmo, mas não tenho certeza", diz a funcionária, que orienta que seja feita uma nova consulta para a obtenção de informações exatas a partir de julho, período de abertura de matrículas para 2017.

Resposta similar é dada pela atendente de outro reconhecido colégio também na zona oeste da capital, com mais de 20 anos de existência. "Nunca tivemos nenhum caso de inclusão, então não daria para saber quanto seria cobrado [de mensalidade]. Não sei dizer isso agora. Os alunos que vão ingressar no colégio fazem uma prova qualificatória. Para alunos com autismo, não sei como seria essa questão das provas, se ficaria a cargo dos pais decidir. O melhor é agendar uma visita. Estamos de braços abertos."

O simples pedido de dados sobre o processo de matrículas de alunos com deficiência sinaliza a postura de algumas escolas em relação à educação especial. O custo, especialmente no caso das particulares, é outro empecilho à inclusão, ao lado da falta de condições materiais e de recursos humanos que vigora em muitas instituições de ensino. Além das três escolas citadas acima, outras sete foram procuradas pela reportagem, que entrou em contato se identificando como mãe de uma aluna autista. Destas, duas ficaram de retornar a ligação, o que não ocorreu.

A boa notícia é que a outra metade da lista se mostrou apta e aberta a matricular estudantes com deficiência sem cobrar taxas extras para isso, como determinam as diretrizes do Ministério da Educação relacionadas à educação inclusiva e, mais recentemente, a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (nº 13.146/15).

Um deles foi o Colégio Sion, onde os alunos de educação especial pagam a mesma mensalidade que os demais, têm acesso a atividades e provas adaptadas na sala regular e frequentam salas de recursos multifuncionais no contraturno para a realização de atividades complementares e específicas. Apesar disso, a instituição não quis conceder entrevistas, assim como outras nove escolas particulares procuradas pela revista Educação.

Por todos

Estranhando a postura das escolas refratárias a falar amplamente sobre o tema, Marta Ghirello, diretora da Escola Aberta, localizada em Campinas (SP), dispara: "Temos de falar sobre isso, quanto mais falarmos de inclusão melhor para o ensino de todos". Atualmente, a pequena instituição privada atende 68 alunos, sendo sete deles portadores de deficiência em turmas de educação infantil e fundamental I. Além do impacto positivo que o tamanho da instituição e das turmas, com no máximo nove alunos, têm no trabalho cotidiano, a gestora afirma que o segredo para boas práticas é "enxergar todos os alunos como sendo de inclusão". "Cada um dos estudantes tem as suas diferenças, características e dificuldades, então todos precisam de uma atenção individual. Nesse sentido, todos são especiais e todos são vistos como ''normais''", diz.

A atenção às peculiaridades dos alunos e o apoio da coordenação são fatores destacados pela professora Thaís Valério, que trabalha na escola há dois anos dando aulas para o 3º e 4º anos. Graduada em pedagogia em 2011, ela teve uma disciplina sobre educação inclusiva na faculdade, mas nunca havia trabalhado com turmas de inclusão. "Aprendo muito mais na sala de aula, no dia a dia. Percebo que cada aluno é um indivíduo, então uma mesma atividade que dou para estudantes com a mesma deficiência pode não funcionar, os resultados vão ser diferentes."

A professora faz adaptações de conteúdos para seus três alunos com deficiência auditiva e intelectual (síndrome de Down e comprometimento neurológico). No processo, todos acompanham os mesmos temas propostos para a abordagem dos diferentes conteúdos. "Não mudo o assunto que estou trabalhando. Por exemplo, como parte da alfabetização, passo um caça-palavras sobre animais para os alunos fazerem. Para aqueles com deficiência, proponho a mesma atividade, mas, antes, mostro a palavra que eles vão ter de buscar entre as várias letrinhas", relata.

Os jogos didáticos e os materiais pedagógicos concretos também são os mesmos para todos. Segundo Thaís, explicar uma conta de adição com o auxílio das unidades do Material Dourado - desenvolvido por Maria Montessori para auxiliar o aprendizado do sistema de numeração decimal - colabora para a compreensão de toda a turma, não só dos portadores de deficiência. "Quando falo que dois mais dois é igual a quatro, mostrando isso com o Material Dourado, os alunos conseguem visualizar um cálculo numérico que é mais abstrato", explica.

Com todos

A importância da materialização de ideias abstratas no aprendizado de alunos com deficiência intelectual também é destacada por Marieth Lemes de Figueiredo, professora do 1º ano do ensino fundamental na Escola Municipal Alzira Valladares, em Cuiabá (MT), que atende 20 alunos de educação especial. Lá, a docente, que também dá aulas em outra instituição, costuma trabalhar com materiais coloridos e táteis com alunos autistas. "Se eu for ensinar o uso da letra ''d'', eu levo um dado para o aluno autista manusear e enfatizo o som da primeira letra do nome do objeto. Também uso figuras para isso, mas os objetos trazem a palavra para o concreto", afirma. Ela destaca ainda a necessidade de paciência para o trabalho com esses estudantes, porque "nem sempre os avanços são percebidos em curto prazo".

Segundo Marieth, que também nunca havia trabalhado com alunos de educação especial antes, a escolha das atividades adaptadas tem base nas pesquisas e leituras sobre inclusão escolar que faz por conta própria e nas parcerias feitas com as professoras da sala de recursos multifuncionais - a escola tem uma profissional dessas para cada período. "As professoras da sala de recursos têm formação específica, então nos dão suporte no dia a dia. Se temos dúvidas e sugestões, vamos até elas ou até à coordenadora para trocar ideias."

As conversas também são feitas nas reuniões pedagógicas semanais, realizadas às segundas-feiras, e nos demais momentos de horário de trabalho pedagógico coletivo (HTPC). Nesses espaços, as docentes das salas regulares e da sala de recursos "colocam suas angústias e trocam experiências". As coordenadoras pedagógicas fazem levantamentos das dúvidas, dificuldades e necessidades com relação à inclusão, e, a partir disso, decidem temas a serem abordados em minicursos de formação oferecidos na própria instituição. "Daí buscamos parcerias para dar as palestras sobre assuntos específicos de inclusão. Muitas vezes os palestrantes são agentes de saúde que cuidam dos nossos alunos em centros especializados", diz Marieth.

Fátima Pedrosa, diretora da escola, orgulha-se do fato de "todos os profissionais estarem muito envolvidos no processo". "Eles trocam informações e sugestões de atividades de inclusão até na hora do almoço. Além disso, as experiências dos professores acabam auxiliando o planejamento da equipe gestora para fazer a inclusão na escola em geral e nas atividades abertas", conta.

Para todos

Em Taguatinga, na região administrativa do Distrito Federal, as propostas para a garantia de inclusão escolar de alunos surdos mobilizarm o poder legislativo, levando à criação da lei distrital nº 5.016, em janeiro de 2015. Entre outras coisas, o texto prevê a construção de escolas públicas bilíngues em Língua Brasileira de Sinais (Libras) e português escrito. A partir disso, foi possível planejar a Escola Bilíngue Libras e Português Escrito da cidade, sexta instituição desse tipo no país. Hoje, a escola atende 340 alunos ouvintes e surdos, em turmas de dez estudantes, de educação infantil, ensino fundamental, ensino médio e EJA. Para tanto, trabalha com mais de 30 professores especializados em ensino bilíngue.

Para Maristela Batista Bento, diretora da instituição e educadora de surdos há mais de 20 anos, a inclusão possibilitada em uma escola bilíngue é distinta. "Aqui a gente tem uma escola de pessoas que são fluentes em Libras, que é uma língua visual, e abrimos a porta para os outros estudantes [ouvintes] também. Isso é diferente de tudo o que vemos por aí. Essa é uma possibilidade de desenvolvimento pleno do surdo, que aqui é atendido desde a mais tenra idade em sua língua, a língua de sinais", diz a gestora.

Segundo especialistas, as escolas bilíngues partem da premissa de que o aluno surdo aprende e se desenvolve melhor em espaços onde todos se comunicam em sua língua natural. Como isso não é consenso entre os educadores, Maristela destaca a importância de sua instituição também ser aberta a alunos ouvintes, que têm aula de Libras dentro da grade regular. "Isso faz parte da proposta da escola, até para facilitar a comunicação entre todos eles em espaços de convivência, como no recreio. Ao conseguirem conversar com os ouvintes, os alunos surdos têm uma melhora muito grande na autoestima. Eles passam de um mundinho onde ninguém os compreendia para um outro universo", diz a diretora.

Professora da disciplina de matemática em Libras na instituição, Mônica Maria Rezende, que trabalha há 22 anos com a inclusão de surdos, relata que, quando trabalhava como intérprete em salas regulares, já teve de interromper professores durante as explicações. Segundo ela, muitos professores não atentam para o fato de que certos conteúdos têm de ser explicados de forma diferente para serem bem traduzidos em Libras. "Como professora de matemática, na minha sala bilíngue, uso pincel de várias cores para circular e sinalizar as operações. Tenho de mostrar bem qual é o seno e qual é o cosseno, para que os surdos visualizem os conceitos abstratos. Também vou até o caderno e tiro as dúvidas do aluno na mesa dele. É preciso uma relação mais próxima com o estudante para fazê-lo entender", relata a docente.


segunda-feira, 25 de abril de 2016

Lições das escolas finlandesas para a educação brasileira

A Finlândia, nas últimas décadas, tem se destacado no cenário internacional quanto às suas práticas e investimento para o desenvolvimento do seu modelo educacional, que é uma das principais referências no mundo. O investimento contínuo parece que é uma das ações que impulsionam a educação finlandesa, mas não é só isso: há uma considerável diferença na abordagem educacional. Veja algumas lições que as escolas finlandesas podem oferecer as escolas brasileiras.

Valorização das diferentes metodologias como ponto de partida

Enquanto as abordagens mais tradicionalistas da educação buscam padronizar pessoas, métodos e processos, os paradigmas mais recentes focam em uma abordagem que prioriza justamente as diferenças. Mesmo que pareça óbvio que pessoas diferentes aprendem de forma diferentes e que a diversidade é importante para que o indivíduo seja valorizado desde a sua primeira experiência escolar. Nas escolas finlandesas, há um grande esforço para ensinar a partir de diferentes estilos de ensino-aprendizagem, focando mais no método e no processo do que no conteúdo em si.

Ampla valorização dos profissionais de educação

O professor não é muito valorizado no Brasil e em maior parte do mundo. Mas se a família é a primeira instituição social do indivíduo e a escola é a segunda e, se o professor é uma figura que irá passar boa parte da vida do estudante, apoiando e intermediando no seu processo de ensino-aprendizagem, este profissional precisa ser valorizado. Na Finlândia, o professor é um cargo de médio porte, se compararmos os salários. Mas é uma das carreiras mais populares, pois é um especialista, um profissional de ampla formação e grande respeito na sociedade. Possui um preparo exemplar e precisa além de ter a graduação, apresentar título de mestre. O professor tem carta branca, pois em sala de aula, o especialista é ele.

Igualdade e gratuidade – Educação como um direito do cidadão

Assim como em muitos países europeus, praticamente todo o ensino é gratuito e igual a todos – exceto em algumas poucas escolas particulares que há no país. O padrão de ensino é o mesmo para todas as escolas. Além disso, as escolas estão onde as crianças estão – o aluno frequenta a escola mais próxima da sua casa. Desta forma, as oportunidades são as mesmas para todos.

Investimento assertivo

No Brasil, a educação esbarra na burocracia, no repasse de verbas que não são distribuídas igualitariamente, nos impostos e na falta de recursos. Conforme documento elaborado pelo Senado brasileiro, 5,9% do PIB daquele país é destinado à educação. Parece pouco? Mas não é: com boas práticas e com investimento bem direcionado, estes “apenas” 5,9% colocaram a Finlândia no topo da qualidade em educação. Para os especialistas finlandeses, ter dinheiro não significa ter qualidade de ensino. O que gera um impacto positivo é a forma como o dinheiro é investido.

A tecnologia é um meio, não um fim

Muitos especialistas afirmam que as diferentes tecnologias que temos à disposição no processo de ensino aprendizagem é um complemento, uma forma de interagir com os conteúdos e pessoas. Parece que os educadores finlandeses também acreditam nisso: para eles, antes vem as relações, os conteúdos, o processo em si, e as tecnologias apenas apoiam tudo isso.

Reavaliação da carga horária

Quem disse que passar o dia todo na escola torna o aluno mais preparado? Não se trata de tempo, mas da qualidade da experiência durante a permanência na escola. O sistema educacional finlandês inicia quando a criança tem 7 anos. A educação básica é obrigatória. Antes disso, conforme os educadores finlandeses, é contraproducente. Lá, acredita-se que a criança tem o direito de ser criança e isso é garantido.

Métodos de avaliação diferenciados

Obviamente, pelo o que foi visto, os métodos avaliativos nem são a principal preocupação dos professores finlandeses. É interessante ressaltar que na Finlândia o professor tem a autonomia para avaliar como achar melhor, com base no que o aluno e seu grupo têm interesse em aprender. Não há provas. Os métodos e estratégias de aprendizagem são individualizados, e é com isso que o professor deve se preocupar.

quarta-feira, 20 de abril de 2016

Dicas para evitar que a internet distancie as pessoas

Atualmente vemos em todos os lugares pessoas de todas as idades conectadas em aplicativos e redes sociais o tempo todo. A era em que estamos é conhecida como era digital, onde as pessoas se comunicam através do celular ou computador, geralmente por meio de mensagens. É muito raro alguém ligar para o outro, visitar, encontrar e etc. O normal hoje em dia é apenas através da internet.

Os hábitos do passado estão cada dia mais extintos e cada vez mais cedo. A juventude de hoje em dia passou a ser mais distante, desconhecendo costumes básicos do passado, como visitar alguém, ligar para saber alguma notícia ou até para se comunicar. A internet resume e supre a necessidade em quase tudo de quase todas as pessoas. Até o trabalho passou a ser resolvido muitas vezes pela internet.

Por mais que ela seja positiva, possui pontos que podem ser prejudiciais, como, o afeto pelo próximo, sentimentos passam a ser desconhecidos, os vínculos são mais fracos, a importância ao próximo passa a ser relevante, a individualidade passa a ser excessiva, além de prejudicar o convívio, autoconfiança, a vida pessoal, social e até profissional.

Por causar esse problemas é importante estipular limites, seja para si próprio ou para filhos e pessoas próximas. Para algumas pessoas a internet ainda não supre esse tipo de ligação importante que se deve ter com o próximo, sendo assim há maneiras para prestar atenção e evitar que ela cause uma distância.

A internet é muito atrativa e essencial na vida de todos atualmente, até como elemento de estudos porém por ser uma ferramenta poderosa, pode também passar a ser um prejudicial em alguns casos.

Uma das dicas é estipular horários para a internet, não fique mais que o necessário conectado, ter um tempo de descanso é essencial.

Separe um tempo para a família, filhos, esposa ou marido, mãe e pai e etc.

Tire dias da semana para se reunir com amigos, passear e etc.

Tente não se limitar apenas as mensagens, tente manter o hábito de ligar para o próximo, saber se está bem ou apenas para jogar conversa fora.

Use seu tempo para outras atividades como cinema, teatro, leitura, academia, exercícios e etc.

Marque jantares e reuniões em sua casa ou na casa de amigos e família, isso ajudará a manter o vínculo deixando-os cada dia mais forte.

Combine com mais alguns amigos e familiares de ter a mesma atitude, assim estarão com na mesma sintonia em busca de algo em comum, fazendo com que um ajude o outro.

Essas são as dicas práticas, porém exigem boa vontade e paciência, até porque as pessoas preferem usar aplicativos para mensagens não só por economizar tempo mas por questões de custos também.

Por mais que exija um pouco de dedicação é bom segui-las, assim terá sempre companhia e bons contatos, além de manter sua vida social e pessoal sadia, não apenas desgastante e monótona.

segunda-feira, 18 de abril de 2016

Alunos iniciam Gincana SENAI / Bairro da Juventude 2016

Foi realizada no sábado, dia 16 de abril, a primeira etapa da Gincana SENAI / Bairro da Juventude 2016, envolvendo as turmas de aprendizagem industrial da parceria SENAI / Bairro da Juventude em Criciúma.

Realizada no Dia Estadual da Família na Escola, a primeira etapa da gincana proporcionou uma manhã de muito divertimento e interação entre pais, alunos e colaboradores.

Participaram aproximadamente 120 pais e alunos dos cursos de aprendizagem industrial em Eletricista de Manutenção Eletroeletrônica, Mecânico de Automóveis e Caminhões, Mecânico Geral, Padeiro e Confeiteiro, Programador de Computador.

As demais etapas serão realizadas nos meses de maio, junho e julho, quando serão conhecidas as grandes vencedoras da gincana em 2016, uma equipe dos estudantes do período matutino e uma equipe dos estudantes do período vespertino. As campeãs ganharão um prêmio cada.

Na "Apresentação da Família", após julgados os critérios estipulados - criatividade e desenvoltura -, a classificação foi:
1º Mecânico Geral 20 pontos;
2º Mecânico de Automóveis 17 pontos;
3º Padeiro 14 pontos;
4º Eletricista 13 pontos;
5º Programador de Computador 13 pontos.

Prova "Corridas às Cegas":
1º Programador de Computador 17 pontos (0'40"3);
2º Eletricista 15 pontos (0'41"8);
3º Mecânico de Automóveis 13 pontos (0'50"7);
4º Padeiro 12 pontos (0'53"2);
5º Mecânico Geral 12 pontos (1'09"3).

Na prova "Corrida de Cadarços", as equipes marcaram os seguintes pontos:
1º Mecânico de Automóveis 17 pontos;
2º Eletricista 15 pontos;
3º Padeiro 13 pontos;
4º Programador de Computador 12 pontos;
5º Mecânico Geral 2 pontos (não participou).

Na prova "Crônica da Sexa", após julgados os critérios estipulados, as equipes marcaram os pontos abaixo:
1º Programador de Computador 17 pontos;
2º Eletricista 15 pontos;
3º Mecânico de Automóveis 13 pontos;
4º Mecânico Geral 12 pontos;
5º Padeiro 2 pontos (não participou).

Classificação parcial após a 1ª etapa:
1º Mecânico de Automóveis - 60 pontos;
2º Programador de Computador - 59 pontos;
3º Eletricista - 58 pontos;
4º Mecânico Geral - 46 pontos;
5º Padeiro e Confeiteiro - 41 pontos.

terça-feira, 12 de abril de 2016

Como as empresas brasileiras inovam na prática

Inovação, no Brasil, é uma palavra de múltiplos significados; a percepção se ampara, possivelmente, no fato de que — comparado aos mercados mais maduros — o país parece ainda estar na adolescência quanto à sua identidade inovadora. Assim como ocorre na vida, o período turbulento de aprendizados nem sempre agradáveis se prova a longo prazo um mal necessário, imprescindível para a definição da personalidade. Num futuro não muito distante, ao olhar uma fotografia tirada hoje como se pareceria a inovação no Brasil?

Inovação no Brasil: a fotografia de hoje

Na última edição do Global Innovation Index — estudo anual que compara indicadores de inovação extraídos em mais de 140 países, o Brasil amargou apenas a 70ª posição. A bem da verdade, a América Latina como um todo teve um desempenho que poderia ser considerado no mínimo frustrante, abaixo do alcançado, por exemplo, por nações menos abastadas como Quênia ou Uganda. Ainda de acordo com o estudo, há ambiente favorável à inovação sobretudo no Brasil, Argentina e México; entretanto, este potencial ainda é muito pouco explorado por empresas e governos.

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Um dado interessante deste recorte é que, dentre os países em desenvolvimento, o Brasil aparece apenas atrás da China no quesito “qualidade de inovação”, conceito que corresponde à produção acadêmica e às patentes registradas. Isso, por si só, apoia a teoria do potencial inexplorado, provando que temos conteúdo sendo gerado, mas nos falta ainda empreender.

Aspectos como este nos levam a crer que ainda há um caminho relativamente extenso a ser percorrido, mas isto não significa que, ao longo do trajeto, não será possível deparar com valiosas oportunidades. No portfólio de clientes de consultorias como a MJV, especializada em inovação e tecnologia, figuram empresas nacionais de diversos segmentos, o que atesta quão promissor pode ser o ambiente brasileiro.

Construindo a empresa de amanhã

“O Mapa da Inovação no Brasil” é o título do estudo desenvolvido pela MJV no fim de 2015 com o intuito de mapear a produção nacional obtida a partir do emprego de metodologias e ferramentas de inovação, bem como a estruturação do trabalho em torno do tema e o montante investido. Participaram da pesquisa cerca de 200 líderes das maiores empresas situadas nos principais estados do país e pertencentes aos segmentos de TI, alimentos, telecomunicações, varejo, educação, finanças, seguros, construção civil, mídia, saúde e serviços diversos.

A grande maioria dos entrevistados (82%) afirma que a empresa em que atuam desenvolveu ao menos um projeto ligado à inovação no ano de 2015, ao passo que 36% deles estiveram envolvidos em mais de dez projetos dessa natureza durante o ano passado. Já para 72%, a inovação está na lista de prioridades da empresa, em maior ou menor grau de relevância. Esses dados reforçam a ideia de que o conceito de inovação é ainda fragmentado e se traduz em mudanças incrementais. “É como ter duas empresas dentro de cada empresa: uma que sustenta a estrutura hoje e outra que ainda não performa, mas deve prosperar no futuro”, diz Manuel Falcão, diretor de marketing da Globosat, empresa que tem, em sua missão, buscar constantemente inovação nos modelos de negócio.

Por estarmos vivendo a inovação no Brasil em sua infância — ou adolescência — o resultado dos projetos ainda não se apresenta como algo disruptivo, na maioria dos casos. São geradas alterações na ordem vigente, mas os grandes paradigmas ainda se mantêm. A ordem natural é que depois de tantas mudanças incrementais possamos, então, iniciar a inovação disruptiva.

O principal foco dos projetos de inovação tem sido, em sua maioria, alavancar a vantagem competitiva através da geração de novos produtos e serviços, da digitalização dos canais de comunicação com o cliente e da otimização de processos de venda. Em menor destaque, aparecem também o redesenho de processos internos, a transformação cultural da empresa e de sua infraestrutura, o que denota que o cliente tem sido priorizado no que tange aos projetos de inovação. Essa priorização se justifica pela escassez de recursos decorrente do corte de investimentos deflagrado pela crise.

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Segundo André Lauzana, vice-presidente de capitalização da SulAmérica, a crescente velocidade das mudanças no mercado torna a demanda por novas soluções de negócio ainda mais urgente. Ele reconhece a relevância da entrada das startups nesse contexto: “As startups têm contribuído para as mudanças no mercado, impondo agilidade e foco aos negócios. Somos uma empresa inovadora e estamos sempre atentos às tendências de mercado”. No ano passado o segmento de capitalização da empresa executou dois projetos ligados à inovação e já deu início a um terceiro nos primeiros meses deste ano: “Nossa intenção é fazer cada vez mais projetos que contem com o DNA da inovação, porque o produto de capitalização em si é simples. Nossas soluções de negócio envolvem não só o produto, mas também abordagem comercial, a camada de marketing, a embalagem. É um mix”, comenta Natanael Castro, superintendente de produtos de capitalização. Seu primeiro projeto lançou um novo produto: um seguro que garante contratos de locação. Além do produto, a SulAmérica investiu ainda na experiência do cliente desenvolvendo novos canais digitais para a venda e distribuição desse seguro.

Outro exemplo de inovação em vantagem competitiva vem de uma grande instituição financeira que precisava aprimorar o processo de venda voltado ao segmento de baixa renda. Neste caso, utilizaram o design thinking para definir “personas” (personagens ficcionais concebidos para gerar e validar ideias) que foram cruzadas com padrões de comportamento de compra extraídos do CRM. A partir do casamento de informações, foi possível criar uma espécie de tinder analógico entre clientes e produtos financeiros, isto é, ao abordar um novo cliente, o vendedor tem a possibilidade de encaixá-lo numa das “personas” definidas e, assim, oferecer o produto mais adequado. A taxa de conversão dos vendedores aumentou em mais de 60%.

Já no caso da Kroton, empresa de educação, o foco era melhorar a experiência do usuário em seu segmento de educação a distância (EAD). Paulo de Tarso, vice-presidente de inovação e negócios, explica: “Comparado ao modelo presencial, o EAD 100% online enfrenta uma barreira muito maior para gerar comprometimento do aluno, não só pela distância, mas muitas vezes também pela dificuldade do aluno em usar a plataforma”. Com o objetivo de diminuir a taxa de evasão e melhorar a qualidade do EAD, a Kroton decidiu investir na experiência do usuário, remodelando seu ambiente virtual do ponto de vista da experiência do usuário (UX) e da interface propriamente dita (UI). O novo modelo tem enfoque na organização dos estudos e interação com a turma, incluindo aspectos da gamificação para atender às necessidades do consumidor.

Todos esses projetos têm em comum o uso do design thinking, metodologia de inovação centrada no usuário que propõe a prototipagem rápida em ambientes e tem como princípio a geração de valor tanto para o cliente quanto para o negócio. “Identificamos que trabalhávamos as coisas muito de dentro para fora, consultando pouco o cliente para saber o que ele de fato precisava. A proposta do design thinking é justamente colocar-se no lugar do cliente ou do usuário. É um viabilizador para que a gente tenha um mínimo de estruturação”, defende Luiz Ortiz, diretor de TI da Orizon.

Financiando projetos

Apesar da consciência predominante da necessidade de inovar, a dificuldade em obter financiamento para projetos de inovação ainda aparece como um obstáculo considerável para os gestores. Uma possível explicação para essa aparente contradição consiste no fato de que, em termos gerais, é mais fácil adotar o discurso de entusiasta da inovação do que efetivamente sê-lo. Visto que na maioria das empresas atuantes no país não existe um orçamento específico dedicado à inovação, na prática o dinheiro que financia esse tipo de projeto desfalca o investimento em áreas onde o resultado pode ser mais tangível. Liderar ou envolver-se com tais iniciativas representa um risco que nem todos estão dispostos a assumir. Não causa estranhamento, portanto, que as três principais barreiras citadas pelos entrevistados foram: “tangibilizar os resultados dos projetos”, “financiar projetos de inovação” e “identificar líderes internos que possam apoiar as iniciativas”.

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Uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) de abril de 2015, já apontava o financiamento dos projetos como principal entrave para a inovação no Brasil. Os líderes da área explicam que, na maioria das vezes, não há orçamento específico para inovação, principalmente nos casos em que não há um departamento único dedicado ao assunto. Diante deste cenário, muitos recorrem a recursos externos, públicos e privados, para complementar seu orçamento de inovação (67,5%, segundo a CNI). Outros acabam por omitir o destino da verba com o intuito de mantê-la no orçamento. Os respondentes da pesquisa mencionaram também a estratégia de executar projetos-teste a custos mais baixos no próprio cliente como forma de viabilizar a prototipagem de novos conceitos. Esses relatos explicam o porquê de muitos dos participantes, apesar de ocuparem cargos de liderança nas empresas, terem respondido “não sei” a respeito do orçamento do qual poderiam dispor.

Na Europa, algumas empresas já experimentam táticas mais ousadas para custear os projetos, como se observa na instituição financeira BNP Paribas Securities Services. Por lá, seu chamado “fluxo estruturado de inovação” permite a participação de milhares de colaboradores espalhados ao redor do globo, num processo faseado que se inicia a partir de uma ideia e termina na entrega de um produto em fase beta, pronto para ir para o mercado. O processo, liderado por Sebastien Nunes, head of innovation and fintech, e Danielle Winandy, global innovation coordinator, ainda está em sua fase piloto e prevê a viabilização de projetos através de um crowdfunding corporativo, tanto de recursos financeiros quanto de recursos humanos. “Os gestores têm a possibilidade de investir parte de seus orçamentos e horas de trabalho nas ideias que acreditam ser as mais promissoras”, diz Danielle. Os investimentos variam entre 50 e 5 mil euros.

O dilema cultural das empresas líderes

No Brasil, a cultura corporativa hierarquizada e com processos muito definidos há anos ainda é uma questão que se faz muito presente como um balizador da inovação, sobretudo no que se refere às iniciativas mais disruptivas. “É difícil você convencer as pessoas dentro de uma empresa que há 100 anos vende o mesmo produto de que existem outras coisas com as quais se pode ganhar dinheiro”, comentou um dos respondentes. Ainda não é tão clara a percepção de que processos e hierarquias sólidos, que foram importantes para consolidar impérios corporativos ao longo do último século, a cada dia mais se revelam como ameaça para a sobrevivência dessas mesmas empresas na era digital.

Outra consequência dessa inadequação cultural é o fato de que identificar um líder inovador que possa “apadrinhar” a disseminação da inovação na empresa foi a terceira dificuldade mais votada na pesquisa. “Eu já tinha como sponsor meu diretor de estratégia, sem ele eu não teria conseguido”, diz Rafael Laskier, gerente de estratégia e inovação da Vale responsável pelo desenvolvimento de um processo interno chamado “coalizões de inovação”. “É uma estrutura paralela em que você põe para trabalhar num mesmo problema gente que habitualmente não trabalha junto.” A iniciativa resulta da percepção da necessidade de reduzir a distância entre as áreas e, ao mesmo tempo, promover novas maneiras de resolver antigos impasses.

Para viabilizar suas coalizões, Rafael precisou primeiro sensibilizar os líderes da empresa por meio de conversas individuais, seguidas de um encontro coletivo em que foram definidos temas a serem trabalhados — processo que durou cerca de três meses. Na segunda fase, foram escolhidas as equipes temporárias de cada coalizão e elaborados os planos estratégicos para a execução do projeto. Na terceira etapa, que é aberta à participação de todos os colaboradores, o projeto é de fato posto em prática.

A resposta da Orizon para dar início a uma estrutura de inovação na empresa foi a criação de um laboratório. Luiz Ortiz, diretor de TI, tinha por objetivo inicial otimizar seu time to market e decidiu montar um laboratório de inovação para tornar o processo de teste e prototipagem mais ágil. Por ter um espaço físico diferenciado e equipe dedicada, Luiz entende que o laboratório serve não só para atender demandas do negócio, mas também para influenciar uma mudança cultural interna. “É algo que tem um apelo além do funcional, de marketing também; as pessoas querem se envolver. Este foi um dos aspectos que levamos em conta na hora de decidir pelo modelo laboratório, pois estávamos em busca de uma mudança cultural”.

A pesquisa abordou também outro viés da cultura corporativa, relativo às características pessoais que supostamente seriam bons indicadores de um perfil inovador; foi pedido aos participantes que indicassem o nível de maturidade de suas empresas em relação a uma lista dessas características. Entre as qualidades suficientemente maduras aparecem: curiosidade, resiliência e criatividade, que são atributos mais lúdicos ou primários num estado evolutivo. Entre as capacidades consideradas inexistentes ou que ainda precisam evoluir estão: metodologias para a inovação, habilidades de comunicação e senso de urgência — características extremamente importantes para a inovação nas empresas.

Deve-se notar que a evolução desse quadro é possível por meio de programas especiais de capacitação interna que aliam teoria e prática em projetos reais, relevantes à companhia. É muito importante que esse novo conhecimento seja aplicado imediatamente para fixar a conexão entre as ferramentas de inovação e a rotina de trabalho.

Uma seguradora nacional deu início a esse processo com a implementação de um sistema no qual os próprios funcionários sugerem temas que são posteriormente aprovados por um comitê e dedicam uma parcela do seu tempo a resolvê-lo. Uma equipe de apoio os auxilia com as ferramentas de inovação necessárias ao processo e dá o suporte adequado ao desenvolvimento das atividades. Os resultados mais perceptíveis são o uso do novo instrumental para resolver problemas do dia a dia e o fomento do intraempreendedorismo, ou o empoderamento dos colaboradores em relação a questões da companhia.

Agentes da inovação

Assim como ocorre com as fases da vida, as transformações no contexto corporativo não se dão de uma hora para outra. Iniciam-se com pequenas e consecutivas mudanças que, embora quase imperceptíveis da óptica de atribuladas rotinas, somadas um dia enfim saltam aos olhos. “Não tem bala de prata, é um processo longo, mas que começa em algum lugar”, comenta Paulo de Tarso.

A pesquisa tornou evidente que a mola motriz desse processo — que coincide com a própria trajetória da inovação no Brasil — ainda está associada a indivíduos que, seja por motivação pessoal ou necessidade profissional, munidos de generosas doses de determinação e resiliência, conseguem fazer transparecer em suas empresas o valor de pensar diferente. A ação desses gestores, na prática, tem caráter quase evangelizador, pois é através deles que potenciais stakeholders do processo se sensibilizam e se dispõem a questionar constantemente.

Na foto de hoje, esses “agentes da inovação” não aparecem no centro da imagem, mas é deles a mão que emana da segunda fila, instantes antes do clique, para tentar domesticar o cabelo desgrenhado do filho adolescente.

segunda-feira, 11 de abril de 2016

Com ajuda da tecnologia, literatura se aprofunda e se relaciona a outros saberes

Quando se fala em uso de tecnologia no processo de ensino-aprendizagem, é quase inevitável pensar em estratégias para matemática e ciências. Afinal, as tecnologias digitais são um produto direto dos números e experimentos. Mas os recursos tecnológicos têm também enorme potencial para ajudar em literatura e outros conhecimentos das humanidades.

A reflexão subjetiva e a relação estética que o aluno estabelece com determinada obra artística em sala de aula podem ser enriquecidas por experiências anteriores e posteriores a esse momento. E essas experiências extraclasse se dão mais facilmente por meios digitais, pois eles são o principal vetor de cultura da atualidade.

Pesquisador de inovação no ensino de literatura, Marcelo Ganzela, coordenador do curso de Letras no Instituto Singularidades, já experimentou diversas estratégias didáticas com auxílio da tecnologia, como a que é chamada de sala de aula invertida. E elas têm se mostrado bastante positivas, garante.

“O aluno pode estar diante de um poema pela primeira vez em classe, mas se em casa ele já pesquisou sobre o autor, o período histórico, as teorias literárias, a aula fica mais rica. O tempo de discussão com a turma vai além das primeiras impressões”, relata Ganzela.

Para o coordenador, as metodologias híbridas de ensino, que misturam diferentes estratégias didáticas, levam à autonomia do estudante, o que só traz benefícios ao aprendizado. “Você empodera o aprendiz para ele próprio estabelecer uma relação estética com o objeto de estudo. E o aluno pode ser empoderado com a ajuda de várias estratégias híbridas, usadas como forma de dar uma bagagem qualificada”, afirmou.

Um passo além é aproveitar a literatura e a tecnologia para estabelecer objetivos também de língua portuguesa, história, filosofia, sociologia ou outras linguagens artísticas. “O diálogo da literatura com outras áreas é muito fácil, basta a gente fazer certas conexões. Sempre que se trabalha um texto, pode-se expandir para a história daquele momento, ou o movimento filosófico que havia por trás”, cita.

Mais do que estabelecer ligações entre disciplinas, essa visão do ensino permite estabelecer relações do conteúdo das aulas com a vida do estudante. “Gosto muito de promover visitas a espaços e lugares culturais, de forma a despertar uma educação pela sensibilidade. Exploramos tanto espaços físicos quanto virtuais”, disse Ganzela.

Ele garante que os resultados das estratégias híbridas têm sido positivos em diversos aspectos: no feedback dos estudantes, no desempenho acadêmico e, sobretudo, no envolvimento deles com a literatura.

quarta-feira, 6 de abril de 2016

Acadêmicos de Design de Moda produzem looks

Estudantes da 3ª fase do curso Superior de Design de Moda do SENAI/UNESC desenvolvem o projeto "Eu que Fiz". A iniciativa tem como objetivo promover a aprendizagem de forma dinâmica e interdisciplinar, fazendo com que o acadêmico crie, execute e apresente uma coleção de moda, considerando os fatores ergonômicos, produtivos e de sustentabilidade.

De acordo com a coordenadora do curso, Charlene Vicente Amancio Nunes, a relevância do projeto consiste em desenvolver competências, habilidades e atitudes por meio das vivências e experiências que se aproximam do mercado de trabalho.

O projeto será desenvolvido em equipes compostas por quatro acadêmicos, fundamentados em uma temática de coleção que teve início na disciplina de Projeto de Design de Moda II. O projeto é elaborado a partir de estudos de tendências de moda, como: público-alvo, perfil do consumidor e a utilização dos princípios de sustentabilidade.

Os projetos são desenvolvidos em dupla, onde cada uma confeccionará o look a partir de uma roupa vintage de brechó, com a utilização do conceito upcycle (desconstrução e construção). Após a confecção dos looks, a apresentação será feita por meio de um desfile.

No último sábado, dia 2, ocorreu na estrutura do SENAI uma oficina de geração de ideias. Além dos alunos de moda, estavam presentes os alunos do curso de Design da Unesc que também estão desenvolvendo um projeto de acessórios de moda. De acordo com Charlene, a ideia desta união entre os alunos dos dois cursos é que eles possam enriquecer o processo criativo e a geração de ideias para o projeto com a interação e a troca de experiências.


Fonte: JI News.

terça-feira, 5 de abril de 2016

Brasil recebeu U$ 74 mi de investimento em tecnologias da educação

O Brasil é o país da América Latina que mais recebeu investimento externo para o desenvolvimento de tecnologias na educação, de acordo com um levantamento feito pela consultoria Boston Consulting Group (BCG). Em 2015, 28 empresas tiveram aporte de US$ 74 milhões. Ainda assim, o número é pouco representativo quando se olha para o que acontece no mundo, onde o total movimentado chega a US$ 7,5 bilhões e está concentrado em somente cinco países: Estados Unidos (77% do total), China (9%), Índia (5%), Canadá (3,2%) e Reino Unido (1,8%).

O investimento na área de tecnologia da educação no Brasil, segundo o estudo, é feito em projetos pouco inovadores. Cerca de 95% do investimento feito no país está voltado para materiais didáticos, cursos online e para a educação superior. Em outras palavras, a solução já chega pronta e mais de um terço do investimento (U$ 54 milhões) feito no período é de empresas que desenvolvem e distribuem material didático. Coordenadores da pesquisa atribuem isso a uma falta de política de tecnologia que estimularia a produção de conteúdo original.
Fonte: Estadão.

segunda-feira, 4 de abril de 2016

Quatro países que mais investem em educação no mundo

Vocês sabem quais são os países que mais investem em educação no mundo? Se o Brasil se inspirar neles, teremos grande prosperidade!

No Brasil, a educação é um direito garantido a todos os cidadãos. Entretanto, a realidade é diferente do que está escrito e previsto na Constituição Federal. Ao todo, são mais de dois milhões de crianças e jovens fora da escola. Isso é apenas um retrato do estudo divulgado pela Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OECD), que aponta o ranking dos países que mais investem em educação no mundo.

Entre os países que lideram o ranking estão Finlândia, Japão, Suécia, Coréia do Sul e Polônia entre os cinco primeiros colocados que mais investem e direcionam parte do seu Produto Interno Bruto (PIB) para educação. O Brasil aparece em boa posição. O problema é que, apesar de investir um alto valor na educação, o montante, por aluno, acaba sendo pequeno por conta da população do país.

Enquanto isso, em 2012, o governo brasileiro investiu na educação básica o valor de 4,7% do PIB. No investimento por aluno, o Brasil acaba ficando apenas na 35ª colocação. Em média, a aplicação por aluno da rede pública de ensino chega à casa dos três mil dólares por ano. Já os países que estão na parte de cima do ranking têm conseguem investir o valor médio por aluno de 8.200 a 9.800 dólares anuais, em todo o período escolar.

Diferentemente dos países que estão acima do Brasil no ranking, apesar do alto investimento em educação, a distribuição e os gastos públicos não são feitos de forma eficiente para que se consiga alcançar e garantir minimamente uma boa educação ao povo brasileiro.

Japão

No Japão, o calendário escolar é bem diferente e apresenta outros aspectos dos que estamos acostumados aqui no Brasil. Lá, o ínicio das aulas é no 1º dia de abril. Além disso, algumas escolas privadas e até mesmo públicas adotam aulas aos sábados, para que os alunos possam ter acesso e conhecimento em mais assuntos além dos retratados durante a semana regular.

Finlândia

O país tem o seu sistema de educação reconhecido mundialmente por ser o mais eficiente e qualificado desde a pré-escola até o ensino superior. A Finlândia investe cerca de 50% do seu PIB em um sistema de ensino que oferece em escolas públicas além do ensino básico, serviços médicos, dentários e alimentação.

México

Atrás do Brasil no ranking mundial de educação, o México tem um sistema educacional bem parecido com o brasileiro. Mesmo com o alto investimento em educação, a sua distribuição não consegue alcançar todas as regiões do país. Apesar disso, os alunos mexicanos têm se destacado em competições internacionais graças ao incentivo do governo e das instituições de ensino que projetam uma melhora no ranking para os próximos quatro anos.

Estados Unidos

Apesar de figurar como a maior economia do mundo, os Estados Unidos ocupam apenas a 19ª posição no ranking mundial dos países em educação. Com cerca de 70 milhões de dólares que podem ser investidos em programas educacionais, o governo americano sofre para equilibrar na balança os problemas sociais que existem na estrutura educacional do país.

O que acontece são problemas de desigualdade nas escolas, oferta baixa de vagas para os estudantes carentes e, além disso, o alto grau de exigência das universidades na admissão dos seus alunos tem dificultado uma melhor posição para o país no ranking.