quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Aprovados Pré-Incubadora SENAI/SC 2014/2015 - Etapa Consultoria

A unidade do SENAI de Criciúma teve três planos de negócio aprovados para a etapa de consultoria da Pré-Incubadora 2014/2015:
- “A Cápsula”, Lucas Cesar dos Santos Machado - Curso Técnico em Informática;
- “Frenezy”, Ana Paula Ugioni e Criselem de Souza Vieira - Curso Técnico em Produção de Moda;
- “MobileBus”, Filipe Damasceno Tristão e Vitor Gislon Vieira - Curso Técnico em Informática.

Foi com grande satisfação que recebemos esta notícia. Parabéns aos classificados!

As datas para execução da consultoria estão sendo definidas e serão informadas em breve.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

O que eles já sabem?

Quando quer ensinar um novo conteúdo para a turma, você:
A) Entra na classe e discorre sobre ele.
B) Apenas pergunta quem já ouviu falar a respeito do tema.
C) Na roda de conversa, quer saber o que cada um conhece sobre o asssunto.
D) Sugere uma atividade em que os alunos possam colocar em jogo informações e procedimentos que dominam?

Quanto à primeira atitude, há pouco a comentar: não existe aprendizado sem sentido ou sem relação com a realidade do estudante e espera-se que a prática de lançar conteúdos descontextualizados esteja cada vez menos presente na escola. O problema está em B e C. Muitos professores se dão por satisfeitos em apresentar uma questão, receber um sim ou um não como resposta - ou até ouvir algum comentário dos alunos mais falantes - e iniciar a aula conforme o planejado.

Nada disso, porém, pode ser considerado uma abordagem diagnóstica. Fazer perguntas sobre o assunto e conversar na roda são práticas importantes, porém insuficientes para esse objetivo. A avaliação inicial, em qualquer série ou disciplina, deve colocar o aluno em contato direto com o conteúdo a ser ensinado, dando oportunidade de ele mobilizar e usar seus conhecimentos. Portanto, a resposta certa ao teste é a alternativa D.

José Antonio Castorina, da Faculdade de Psicologia da Universidade de Buenos Aires, afirma que, antes mesmo da intervenção educativa, os alunos têm ideias prévias sobre quase todos os temas que a escola aborda. O educador precisa conhecê-las para não ensinar o que elas sabem e não fazer propostas além do que são capazes de compreender. É importante ter em mente que o seu papel é ajudar a construir ideias mais profundas e próximas dos objetivos escolares.

A melhor maneira de fazer uma avaliação inicial, portanto, é propor uma situação-problema, como fez a professora Marjorie Regina de Sousa, da EMEF Leandro Klein, em São Caetano do Sul, na Grande São Paulo. Para dar continuidade a questões do campo aditivo, em Matemática, ela elaborou um enunciado envolvendo a comparação de medidas e pediu que cada aluno procurasse a solução ao fazer registros no caderno. Ciente do nível de conhecimento da turma sobre os procedimentos para resolver esse tipo de questão, ela elaborou estratégias para continuar o processo de ensino e aprendizagem. Havia atividades tanto para os que não conseguiram propor um caminho para a resolução como para os que já ensaiavam a conta armada.

Propostas coerentes

Para Denise Tonello, coordenadora pedagógica do Colégio Miguel de Cervantes, em São Paulo, a atividade inicial deve ser sempre relacionada ao projeto que será desenvolvido. Ao analisar as produções da turma, você conhecerá o significado daquele conteúdo para o aluno e como ele o representa, e vai compreender a lógica educacional por trás das tarefas propostas. A heterogeneidade de conhecimentos presentes na classe ficará evidente, dando bases seguras para a elaboração de estratégias de ensino e o acompanhamento da evolução individual e coletiva.
Fonte: Revista Escola.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Porque os jovens profissionais da geração Y estão infelizes

Esta é a Ana.


Ana é parte da Geração Y, a geração de jovens nascidos entre o fim da década de 1970 e a metade da década de 1990. Ela também faz parte da cultura Yuppie, que representa uma grande parte da geração Y.

“Yuppie” é uma derivação da sigla “YUP”, expressão inglesa que significa “Young Urban Professional”, ou seja, Jovem Profissional Urbano. É usado para referir-se a jovens profissionais entre os 20 e os 40 anos de idade, geralmente de situação financeira intermediária entre a classe média e a classe alta. Os yuppies em geral possuem formação universitária, trabalham em suas profissões de formação e seguem as últimas tendências da moda. (Wikipedia)

Um nome para yuppies da geração Y é “Yuppies Especiais e Protagonistas da Geração Y”, ou “GYPSY” (Gen Y Protagonists & Special Yuppies). Um GYPSY é um tipo especial de yuppie, um tipo que se acha o personagem principal de uma história muito importante.

Então Ana está lá, curtindo sua vida de GYPSY, e ela gosta muito de ser a Ana. Só tem uma pequena coisinha atrapalhando:

Ana está meio infeliz.

Para entender a fundo o porquê de tal infelicidade, antes precisamos definir o que faz uma pessoa feliz, ou infeliz. É uma formula simples:


É muito simples — quando a realidade da vida de alguém está melhor do que essa pessoa estava esperando, ela está feliz. Quando a realidade acaba sendo pior do que as expectativas, essa pessoa está infeliz.

Para contextualizar melhor, vamos falar um pouco dos pais da Ana:


Os pais da Ana nasceram na década de 1950 — eles são “Baby Boomers“. Foram criados pelos avós da Ana, nascidos entre 1901 e 1924, e definitivamente não são GYPSYs.


Na época dos avós da Ana, eles eram obcecados com estabilidade econômica e criaram os pais dela para construir carreiras seguras e estáveis. Eles queriam que a grama dos pais dela crescesse mais verde e bonita do que eles as deles próprios. Algo assim:


Eles foram ensinados que nada podia os impedir de conseguir um gramado verde e exuberante em suas carreiras, mas que eles teriam que dedicar anos de trabalho duro para fazer isso acontecer.


Depois da fase de hippies insofríveis, os pais da Ana embarcaram em suas carreiras. Então nos anos 1970, 1980 e 1990, o mundo entrou numa era sem precedentes de prosperidade econômica. Os pais da Ana se saíram melhores do que esperavam, isso os deixou satisfeitos e otimistas.


Tendo uma vida mais suave e positiva do que seus próprios pais, os pais da Ana a criaram com um senso de otimismo e possibilidades infinitas. E eles não estavam sozinhos. Baby Boomers em todo o país e no mundo inteiro ensinaram seus filhos da geração Y que eles poderiam ser o que quisessem ser, induzindo assim a uma identidade de protagonista especial lá em seus sub-conscientes.

Isso deixou os GYPSYs se sentindo tremendamente esperançosos em relação à suas carreiras, ao ponto de aquele gramado verde de estabilidade e prosperidade, tão sonhado por seus pais, não ser mais suficiente. O gramado digno de um GYPSY também devia ter flores.


Isso nos leva ao primeiro fato sobre GYPSYs: são ferozmente ambiciosos.


O GYPSY precisa de muito mais de sua carreira do que somente um gramado verde de prosperidade e estabilidade. O fato é, só um gramado verde não é lá tão único e extraordinário para um GYPSY. Enquanto seus pais queriam viver o sonho da prosperidade, os GYPSYs agora querem viver seu próprio sonho.

Cal Newport aponta que “seguir seu sonho” é uma frase que só apareceu nos últimos 20 anos, de acordo com o Ngram Viewer, uma ferramenta do Google que mostra quanto uma determinada frase aparece em textos impressos num certo período de tempo. Essa mesma ferramenta mostra que a frase “carreira estável” saiu de moda, e também que a frase “realização profissional” está muito popular.



Para resumir, GYPSYs também querem prosperidade econômica assim como seus pais – eles só querem também se sentir realizados em suas carreiras, uma coisa que seus pais não pensavam muito.

Mas outra coisa está acontecendo. Enquanto os objetivos de carreira da geração Y se tornaram muito mais específicos e ambiciosos, uma segunda ideia foi ensinada à Ana durante toda sua infância:


Este é provavelmente uma boa hora para falar do nosso segundo fato sobre os GYPSYs: vivem uma ilusão.

Na cabeça de Ana passa o seguinte pensamento: “mas é claro… todo mundo vai ter uma boa carreira, mas como eu sou prodigiosamente magnífica, de um jeito fora do comum, minha vida profissional vai se destacar na multidão”. Então se uma geração inteira tem como objetivo um gramado verde e com flores, cada indivíduo GYPSY acaba pensando que está predestinado a ter algo ainda melhor:

Um unicórnio reluzente pairando sobre um gramado florido.


Mas por que isso é uma ilusão? Por que isso é o que cada GYPSY pensa, o que põe em xeque a definição de especial: es-pe-ci-al | adjetivo | melhor, maior, ou de algum modo diferente do que é comum.

De acordo com esta definição, a maioria das pessoas não são especiais, ou então “especial” não significaria nada.

Mesmo depois disso, os GYPSYs lendo isto estão pensando, “bom argumento… mas eu realmente sou um desses poucos especiais” – e aí está o problema.

Uma outra ilusão é montada pelos GYPSYs quando eles adentram o mercado de trabalho. Enquanto os pais da Ana acreditavam que muitos anos de trabalho duro eventualmente os renderiam uma grande carreira, Ana acredita que uma grande carreira é um destino óbvio e natural para alguém tão excepcional como ela, e para ela é só questão de tempo e escolher qual caminho seguir. Suas expectativas pré-trabalho são mais ou menos assim:


Infelizmente, o mundo não é um lugar tão fácil assim, e curiosamente carreiras tendem a ser muito difíceis. Grandes carreiras consomem anos de sangue, suor e lágrimas para se construir – mesmo aquelas sem flores e unicórnios – e mesmo as pessoas mais bem sucedidas raramente vão estar fazendo algo grande e importante nos seus vinte e poucos anos.

Mas os GYPSYs não vão apenas aceitar isso tão facilmente.

Paul Harvey, um professor da Universidade de New Hampshire, nos Estados Unidos, e expert em GYPSYs, fez uma pesquisa onde conclui que a geração Y tem “expectativas fora da realidade e uma grande resistência em aceitar críticas negativas” e “uma visão inflada sobre si mesmo”. Ele diz que “uma grande fonte de frustrações de pessoas com forte senso de grandeza são as expectativas não alcançadas. Elas geralmente se sentem merecedoras de respeito e recompensa que não estão de acordo com seus níveis de habilidade e esforço, e talvez não obtenham o nível de respeito e recompensa que estão esperando”.

Para aqueles contratando membros da geração Y, Harvey sugere fazer a seguinte pergunta durante uma entrevista de emprego: “Você geralmente se sente superior aos seus colegas de trabalho/faculdade, e se sim, por quê?”. Ele diz que “se o candidato responde sim para a primeira parte mas se enrola com o porquê, talvez haja um senso inflado de grandeza. Isso é por que a percepção da grandeza é geralmente baseada num senso infundado de superioridade e merecimento. Eles são levados a acreditar, talvez por causa dos constantes e ávidos exercícios de construção de auto-estima durante a infância, que eles são de alguma maneira especiais, mas na maioria das vezes faltam justificativas reais para essa convicção”.

E como o mundo real considera o merecimento um fator importante, depois de alguns anos de formada, Ana se econtra aqui:


A extrema ambição de Ana, combinada com a arrogância, fruto da ilusão sobre quem ela realmente é, faz ela ter expectativas extremamente altas, mesmo sobre os primeiros anos após a saída da faculdade. Mas a realidade não condiz com suas expectativas, deixando o resultado da equação “realidade – expectativas = felicidade” no negativo.

E a coisa só piora. Além disso tudo, os GYPSYs tem um outro problema, que se aplica a toda sua geração:

GYPSYs estão sendo atormentados

Obviamente, alguns colegas de classe dos pais da Ana, da época do ensino médio ou da faculdade, acabaram sendo mais bem-sucedidos do que eles. E embora eles tenham ouvido falar algo sobre seus colegas de tempos em tempos, através de esporádicas conversas, na maior parte do tempo eles não sabiam realmente o que estava se passando na carreira das outras pessoas.

A Ana, por outro lado, se vê constantemente atormentada por um fenômeno moderno: Compartilhamento de Fotos no Facebook.

As redes sociais criam um mundo para a Ana onde:
A) tudo o que as outras pessoas estão fazendo é público e visível à todos;
B) a maioria das pessoas expõe uma versão maquiada e melhorada de si mesmos e de suas realidades;
C) as pessoas que expõem mais suas carreiras (ou relacionamentos) são as pessoas que estão indo melhor, enquanto as pessoas que estão tendo dificuldades tendem a não expor sua situação. Isso faz Ana achar, erroneamente, que todas as outras pessoas estão indo super bem em suas vidas, só piorando seu tormento.


Então é por isso que Ana está infeliz, ou pelo menos, se sentindo um pouco frustrada e insatisfeita. Na verdade, seu início de carreira provavelmente está indo muito bem, mas mesmo assim, ela se sente desapontada.

Aqui vão alguns conselhos para Ana:

1) Continue ferozmente ambiciosa. O mundo atual está borbulhando de oportunidades para pessoas ambiciosas conseguirem sucesso e realização profissional. O caminho específico ainda pode estar incerto, mas ele vai se acertar com o tempo, apenas entre de cabeça em algo que você goste.

2) Pare de pensar que você é especial. O fato é que, neste momento, você não é especial. Você é outro jovem profissional inexperiente que não tem muito para oferecer ainda. Você pode se tornar especial trabalhando duro por bastante tempo.

3) Ignore todas as outras pessoas. Essa impressão de que o gramado do vizinho sempre é mais verde não é de hoje, mas no mundo da auto-afirmação via redes sociais em que vivemos, o gramado do vizinho parece um campo florido maravilhoso. A verdade é que todas as outras pessoas estão igualmente indecisas, duvidando de si mesmas, e frustradas, assim como você, e se você apenas se dedicar às suas coisas, você nunca terá razão pra invejar os outros.



Colaboração: QGA. Fonte original em inglês: Wait but why.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Tendências na educação em 2015

É cada vez mais comum encontrar plataformas tecnológicas – e atrativas – para promover aprendizado, jogos que imediatamente elaboram rankings da classe ou ferramentas que geram relatórios com desempenho de alunos. Mas professores ainda sentem falta de um norte que apoie e fomente estratégias para impulsionar o desempenho de alunos. Especialistas ouvidos consideram que 2015 pode começar a mudar esse quadro e veem como tendências que estarão no centro do debate educacional a adoção de plataformas de gestão de dados, o aprendizado baseado em competências e as novas formas de avaliar e de certificar conhecimentos. É por meio deste pacote inovador, segundo eles, que se conseguirá fomentar o empreendedorismo, a consciência e competências para resolver problemas urgentes relacionados à sustentabilidade e desenvolver as habilidades do Século XXI.

Tudo começa com o enfrentamento de dois grandes desafios: a garantia de conectividade plena, que permitirá acesso a recursos multimídia de maneira eficiente, e uma formação de professores que os prepare para inovar e lidar com ferramentas digitais.

Outra questão a caminho de ser resolvida é a fragmentação do ecossistema de tecnologias educacionais. Assim como acontece no mundo do entretenimento e dos sistemas operacionais de celulares, o impacto da tecnologia trouxe claros benefícios, mas gerou uma quantidade enorme de dados de aplicações — que nem sempre conversam entre si –, como jogos, plataformas adaptativas e aplicativos usados dentro ou fora da sala de aula. Por isso, Michael Horn, cofundador e diretor-executivo do Clayton Christensen Institute, vê o setor caminhando para a adoção de ambientes integradores conhecidos como LRM (sigla em inglês para programas de computador de gestão de aprendizado). ‘Eles são similares aos CRM [acrônimo também em inglês para ferramentas de gestão de relacionamento com o cliente, muito presentes em setores como o comércio] e surgem como uma nova categoria de ferramentas que tornarão mais produtivos os ensinos online, híbrido e por competências, além do desmembramento dos cursos universitários’, diz.

Horn coloca como pioneiras neste nicho empresas americanas como a Fidelis Education (onde ele também é um dos executivos) e a Motivis Learning, nascida a partir da College for America, uma iniciativa online da Southern New Hampshire University, que se dedica a ensinar e certificar competências através de projetos realizados totalmente à distância. ‘Essa tendência de LRMs crescerá rapidamente na educação superior em 2015, sendo seguida pelo ensino corporativo e, depois, pela educação básica nos próximos anos’, explica.

Este tipo de solução tecnológica também surge para tratar de um problema ligado à maneira com que o professor e líderes educacionais devem interagir com os dados. Se apenas o ‘dado útil’ fosse coletado, seria mais fácil para tomar iniciativa, perceber falhas e corrigir o caminho de cada estudante. Mas isso não é tão simples, como explica o professor Alex Bowers, do Teachers College, da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos. ‘Mais dados não geram melhor desempenho, da mesma maneira que dirigir por um caminho mais longo não implica diretamente em uma melhora do caminho até o trabalho’, compara.

Ao longo do ano, os testes padronizados que formam rankings e que tanto preocupam gestores e políticos, também devem ocupar o centro da arena de debate e sofrer questionamento maior. David Albury, consultor independente de educação e diretor do Innovation Unit, chega a falar até em ‘desilusão’ com este tipo de método para avaliar desempenho escolar. ‘Mais e mais países começam a entender as características e competências que jovens precisam para sobreviver e ser bem-sucedidos no Século XXI, como tomar iniciativa, criatividade, resolução de problemas de forma colaborativa, etc’, diz Albury.

Uma das receitas para alcançar esse aprendizado mais profundo, que dê conta das competências inter e intrapessoais, é novamente o uso da tecnologia e o olhar criterioso para os dados. Em recente estudo do grupo editorial Pearson, os consultores Michael Barber e Peter Hill preveem uma ‘revolução’ que tirará o professor do trabalho repetitivo e permitirá testes personalizados. ‘No lugar dos cumulativos, é possível realizar apenas aqueles com propósito específico [com possibilidade de repetição] e proporcionar relatórios que incentivam o crescimento sem a ideia de sucesso ou fracasso’, diz o documento.

As avaliações personalizadas ainda facilitam uma mudança que permeia todo o processo de aprendizado, que deixa de ser guiado pelo tempo e passa a ser baseado em competências. Métodos como o ensino baseado na resolução de problemas e o uso elementos do mundo dos jogos são algumas das formas de conectar aprendizados com o mundo real.

Colaboração: Porvir.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Por que os alunos não aprendem com seus slides

Não se preocupe, todos já fizemos isso: ficamos acordados até tarde na véspera de dar aula às 8 da manhã. Então o que você faz? Joga algum texto no PowerPoint e se prepara para falar sobre os tópicos. Não vai fazer nenhum mal, né? Você pode nem ler os slides inteiros – eles só vão ajudá-lo a dar sequência à aula, e se perder o ritmo, o texto estará lá para te ajudar.

Infelizmente, não importa se você está trabalhando as Grandes Navegações na quarta série ou física quântica com recém chegados à universidade, você pode estar prejudicando mais do que ajudando seus alunos.

Vamos explorar por que o design instrucional na maioria das vezes não funciona com estudantes e quando você deve ensinar com PowerPoint – e também quando deve evitá-lo. Tudo começa um pequeno conceito chamado de “carga cognitiva”.

Muita coisa para o estudante processar: imagine o cérebro dos estudantes como uma caixa. Conforme você começa a jogar pedras, ela fica mais e mais pesada – e assim, é mais difícil para o estudante aguentá-la e mantê-la organizada. Basicamente, essa é a definição de carga cognitiva. Ela descreve a capacidade da memória do nosso cérebro em suportar e processar partes de informação. Todos temos uma limitação de memória, então quando temos que lidar com informações de mais de uma maneira, a carga fica mais pesada e mais difícil de ser controlada.

Na sala de aula, a carga cognitiva do estudante é muito afetada pela origem externa da informação – em outras palavras, a maneira pela qual ela é apresentada a eles. Todo professor instintivamente sabe que existem jeitos melhores – e piores – de apresentar um conteúdo. A razão para isso, segundo pesquisas, é que, ao aliviar a carga, fica mais fácil para o cérebro do estudante acessar a informação e a transformar em memória.

Ensinar com slides de texto do PowerPoint durante uma leitura em voz alta, infelizmente, significa o mesmo que jogar muitas pedras dentro da caixa do aluno e faz com que ele retroceda.

O efeito de redundância: a apresentação simultânea de um texto de modo visual e oral, como slides de PowerPoint, atualmente é muito comum nas salas de aula. Pense a respeito: quantas você entrou em uma sala ou auditório e viu uma professora lendo textos dos slides?

Um estudo australiano do final dos anos 1990 (o 1999 Kalyuga Study) comparou o resultado acadêmico de um grupo de universitários que assistiu a uma aula de um professor que usou texto e áudio (o que significa que havia palavras na tela enquanto ele falava) com um outro em que os alunos só ouviam a uma explicação sem PowerPoint. Os pesquisadores concluíram que a utilização de estímulos visuais com palavras durante uma apresentação aumenta a carga cognitiva, em vez de diminui-la.

Isso se deve ao chamado efeito redundante. A redundância verbal “surge da apresentação verbal e discurso na íntegra”, aumentado o risco de sobrecarregar a capacidade de memória – por isso, pode causar efeito negativo no aprendizado.

Considere, por exemplo, uma aula de ciências sobre cadeias alimentares. O professor pode começar explicando a diferença entre carnívoros e herbívoros. Aparece um slide com a definição de cada termo. O professor começa a ler diretamente do slide. As partes duplicadas de informação – falada e escrita – não vão reforçar positivamente uma a outra; no lugar disso, as duas sobrecarregam as habilidades do estudante em controlar a informação.

Pesquisadores como John Sweller e Kimberly Leslie defendem que seria mais fácil para estudantes aprenderem as diferenças entre carnívoros e herbívoros se eles fechassem os olhos e só ouvissem à explicação. Mas estudantes que ficam com olhos fechados durante a aula são acusados de “não estarem prestando a devida atenção”.

Como aliviar a carga: então o que fazer? Como garantir que as crianças aprendam a partir de suas explicações orais em vez de ficarem com o cérebro saturado? (Empreendedores, saibam que isso também poderia ser aplicado em suas apresentações!).

Richard Mayer, um neurocientista da Universidade de Santa Barbara e autor do livro “Multimedia Learning” (Aprendizado multimídia) oferece a seguinte receita: elimine elementos textuais de suas apresentações e passe a falar por tópicos, compartilhando imagens ou gráficos com os alunos.

Este método, segundo Mayer, é particularmente apropriado para assuntos em que gráficos geométricos e imagens são cruciais para a compreensão dos conceitos-chave, como cadeia alimentar, cálculo de área de uma superfície ou ciclo da água.

Outros estudos, como um outro estudo separado feito por Leslie et al (2012), sugere que misturar pistas visuais com explicações orais (em aulas de matemática e ciências, em particular) é essencial e eficiente. No estudo de Leslie, um grupo da quarta série que não sabia nada sobre magnetismo aprendeu significativamente mais quando teve contato tanto com imagens quanto com a explicação do professor em comparação a outro grupo que só teve a explicação oral.

Você é professor de ciências? Coloque uma foto dos dentes de um leão e de uma zebra na tela enquanto explica a diferença entre carnívoros e herbívoros. Ensina estudos sociais? Coloque em volta da data “1776” pinturas dos Pais Fundadores dos Estados Unidos assinando a Declaração de Independência (o mesmo vale para a História brasileira), em vez de incluir fatos relacionados em sua apresentação.

E se você tem dificuldades em tirar completamente as palavras de suas apresentações em PowerPoint, especialmente quando quer que os estudantes tomem nota, aqui vão mais algumas dicas:
– Limite-se a uma palavra por slide. Se for explicar termos, tente coloca-lo associado a um conjunto de imagens – e peça para os alunos para deduzirem;
– Obedeça ao “princípio da personalização”, que basicamente diz que atrair leitores entregando conteúdo de modo conversacional vai aprimorar o aprendizado. Por exemplo, Richard Mayer sugere usar muitos “Eus” e “Vocês” em seu discurso, porque alunos reagem melhor à linguagem mais informal.

Colaboração: Porvir.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

SENAI no Sul In Moda

O SENAI Criciúma esteve presente em mais um evento de moda esta semana, o Sul In Moda. No evento, foi possível encontrar trabalhos expostos pelos alunos dos cursos técnicos e superiores, além de um lounge com puffs para descanso, revistas de tendências para a moda e confecção, e um computador para acesso ao site WGSN, um portal de informações de moda que é referência mundial na área, trazendo dados sobre tendências em tecidos, cores, comportamentos, entre outras informações extremamente necessárias para todo o profissional da área.

Uso da crase

A crase caracteriza-se como a fusão de duas vogais idênticas, relacionadas ao emprego da preposição “a” com o artigo feminino a(s), com o “a” inicial referente aos pronomes demonstrativos aquela(s), aquele(s), aquilo e com o “a” pertencente ao pronome relativo a qual(as quais). Casos estes em que tal fusão se encontra demarcada pelo acento grave (`): à(s), àquela, àquele, àquilo, à qual, às quais.

Trata-se de uma particularidade gramatical de relevante importância, dado o seu uso de modo frequente. Diante disso, compreender os aspectos que lhe são peculiares, bem como sua correta utilização é, sobretudo, sinal de competência linguística, em se tratando dos preceitos conferidos pelo padrão formal que norteia a linguagem escrita.

Há que se mencionar que esta competência linguística, a qual se restringe a crase, está condicionada aos nossos conhecimentos acerca da regência verbal e nominal, mais precisamente ao termo regente e termo regido. Ou seja, o termo regente é o verbo ou nome que exige complemento regido pela preposição “a”, e o temo regido é aquele que completa o sentido do termo regente, admitindo a anteposição do artigo a(s).

A crase não ocorre: antes de palavras masculinas; antes de verbos, de pronomes pessoais, de nomes de cidade que não utilizam o artigo feminino, da palavra casa quando tem significado do próprio lar, da palavra terra quando tem sentido de solo e de expressões com palavras repetidas (dia a dia).

Abaixo, cinco vídeos para entendermos melhor o uso da crase:

Quando usar a crase?


Regras para uso da crase


Como eu uso a crase?


Dicas sobre uso da crase


Dicas simples para usar crase


segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

E-book “Internet e Redes Sociais”

O e-book “Internet e Redes Sociais” tem objetivo fornecer aos pais e outros educadores, informação acerca da relação dos mais novos com os meios de comunicação, no sentido de promover uma relação e um uso mais crítico e criterioso.

Nos últimos tempos, tem-se assistido a um crescimento exponencial do uso das redes sociais, sendo inegável o seu impacto no processo de socialização e de comunicação dos públicos que as utilizam. O e-book ajuda-nos a entender o impacto que estas redes causam em nossa vida pessoal e na sociedade em geral, sendo uma excelente forma de maximizar o proveito do potencial das redes sociais.

Para fazer o download do livro, acesse este link.